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O meu inicio na meditação se deu através de um livro do monge zen budista, Thich Nath Han - Para Viver em Paz-Editora Vozes, Thich Nhat Han já foi indicado ao Premio Nobel da Paz, ele é minha grande fonte de inspiração para as praticas meditativas. Meu foco são as meditações dinâmicas que podem ser aplicadas na vida cotidiana por isso são descritos vários tipos de práticas. As práticas meditativas transformaram minha vida e hoje sou mais centrado e feliz, consegui também frear e diminuir muito meus pensamentos. Praticante há muitos anos de práticas meditativas, através da Sociedade Budista do Brasil tive contato com monges de outros países onde pude desenvolver mais a minhas práticas. Participei em 2004 de um retiro de meditação com monges do Monastério do Thich Nhat Han. Em 2013 me tornei professor de meditação. As praticas meditativas devem ser incluídas paulatinamente em nossa vida diária como estilo de vida, a Plena Atenção ensinada por Buda pode ser vivenciada em qualquer lugar ou situação.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

MOMENTO ZEN 6ª Edição -


Editor Mario Nigri Iampolschi

momento.zen.mario@hotmail.com





Caros amigos leitores, é um prazer poder dar continuidade a nossa jornada, num tema que quase todos nós não estamos cientes, mas que nos influência quase sempre.




INFLUÊNCIA DO INCONSCIENTE EM NOSSA VIDA DIÁRIA    

Fonte:  Livro -  Inner Work - Imaginação Ativa -  Editora Mercuryo 

Autor: Robert A. Johnson 


Diante de sua mesa de trabalho, a planejar as atividades do dia, quando foi interrompida por um colega que entrou furiosamente em seu escritório, atirando um memorando que ela fizera circular e vociferando por causa de detalhes do mesmo com os quais não concordava. Ela ficou pasma! A raiva do colega era francamente desproporcional às dimensões dos detalhes! Que tinha dado nele?

O rapaz, por sua vez, escutando a própria voz alterada, percebeu que estava fazendo uma tempestade em copo d’água.

Confuso, murmurou uma desculpa e saiu. Chegando a sua sala, perguntou-se: Que deu em mim? De onde veio isso? Em geral não faço estardalhaço por tão pouco. Simplesmente não era eu!”.

Sentiu que fervia de raiva e que, apesar nada ter a ver com o tal memorando, ainda assim a fúria se abatera sobre ele por  causa daqueles pequenos detalhes. De onde vinha aquela raiva toda, exatamente, não sabia.

Se essas duas pessoas tivessem parado para pensar, talvez tivessem percebido que estavam sentindo a presença do inconsciente em suas vidas naquela manhã. De vários modos, nas idas e vindas do dia-a-dia, o inconsciente age sobre nós e através de nós. Às vezes, o inconsciente trabalha lado a lado com a mente consciente e assume o controle quando a mente está concentrada em outra coisa. 

Outras vezes, o inconsciente elabora fantasias tão cheias de símbolos e imagens vivas que acaba por envolver totalmente a mente consciente, mantendo nossa atenção presa por um bom lapso de tempo.  São exemplos primários de como o  inconsciente invade a mente consciente e procura manifestar-se  por meio da imaginação, usando a linguagem simbólica de imagens carregadas de emoções. 

Outra forma de sentirmos o inconsciente é por meio de uma onda emocional repentina, a euforia inexplicada ou a raiva  irracional que invadem a mente consciente e a dominam. Essa onda emocional não faz sentido para a mente consciente,  pois ela não a criou.

O conceito de inconsciente é obtido pela simples observação da vida diária. Há um material contido em nossa mente do qual não nos apercebemos a maior parte do tempo. Algumas vezes nos surpreendemos com uma recordação, uma associação feliz, um ideal, uma crença que inesperadamente surge de um lugar desconhecido. Sabíamos que o carregávamos  em algum lugar dentro de nós, desde há muito – mas onde?  

Numa parte desconhecida da psique, além dos limites da mente consciente. O inconsciente é um universo maravilhoso, composto de energias invisíveis, forças, formas de inteligência – até personalidades distintas – que não são percebidas mas que vivem dentro de nós. Seu domínio é muito maior do que supomos; algo com vida própria e completa, toda sua, que corre paralelamente à vida comum do nosso dia-a-dia. O inconsciente é a fonte secreta de muito do que entendemos como nossos pensamentos, nossas emoções e comportamentos. Influencia-nos de forma poderosa, por não suspeitarmos de sua existência.

Algumas vezes, essas personalidades escondidas são embaraçosas e violentas e nos sentimos humilhados quando se revelam. Outras vezes, descobrimos que temos qualidades boas e poderes que desconhecíamos. Nos valemos de fontes escondidas que nos permitem fazer coisas que normalmente não faríamos, como por exemplo, nos expressarmos com clareza e inteligência inusitadas, comportando-nos com sabedoria, generosidade e compreensão, a ponto de nos surpreendermos: “Sou diferente do que pensava; tenho qualidades – tanto positivas quanto negativas – que não conhecia em mim.” Essas qualidades vivem no inconsciente, onde estão “longe dos olhos, longe do coração."
      
Somos muito mais do que o “eu” que conhecemos. A mente consciente só consegue concentrar-se, de cada vez, em uma única área limitada do nosso ser total. Apesar de todo o esforço par ao autoconhecimento, só uma pequena porção do vasto sistema de energia do inconsciente consegue ser incorporada à mente consciente ou atuar no nível consciente. Então temos de aprender como ir ao inconsciente e como ser receptivos às suas mensagens: é a única maneira de conhecermos as partes desconhecidas de nós mesmos."     
  
Abordando o inconsciente, voluntária ou involuntariamente – O inconsciente manifesta-se por meio de linguagem simbólica. Não é somente por um comportamento involuntário ou compulsivo que sentimos o inconsciente. Ele dispõe de dois caminhos naturais para estabelecer uma ligação e conversar com a mente consciente: um deles é o sonho; o outro, a imaginação. Ambos são canais de comunicação altamente sensíveis eu a psique desenvolveu para que os níveis consciente e inconsciente possam conversar entre si e trabalhar em conjunto.





   


 
Fonte: Livro - O Caminho da Verdade - Um dicionário sobre a natureza humana  

Autora:  Viaverita de Sá Lopes. 
 

Entende-se por inconsciente toda a atividade existente no nosso cérebro que está fora do nosso domínio racional. 

    

Tudo aquilo que nós fazemos sem nos apercebermos que estamos a fazer, tal como respirar, ver, ouvir,tactear, cheirar, saborear, dormir, sonhar, etc; e todos os sentimentos físicos e emocionais como sentir dor, sentir frio e calor; sentir fome, sede e sono; sentir cansaço, comichão e arrepios; sentir admiração, medo e repugnância; corar, transpirar, tremer, suspirar, bocejar e chorar; sentir prazer e ódio; sentir gosto, desejo,saudade e compaixão;sentir amor sentir constrangimento, arrependimento e orgulho; sentir excitação e alegria, depressão e tristeza;  tudo isto e muito mais são reações produzidas no nosso corpo devido a ordens dadas pelo nosso cérebro  inconscientemente, embora posteriormente possamos ter consciência disso.       
  
Os sentidos podem ser usados por nós conscientemente ou inconscientemente—podemos procurar uma coisa para a ver emoções são reações originadas inconscientemente. É o inconsciente existente no cérebro que determina o limite máximo de temperatura que o corpo pode receber, e ao atingir esse limite “dispara um alarme” que avisa a consciência que se tem que evitar o calor. Assim como para todos os limites do corpo. Se não obedecermos conscientemente às ordens  vindas do cérebro — produzidas do inconsciente para o consciente — acabamos por obedecer  e inconscientes. O nosso inconsciente domina o nosso consciente e o consciente tem que respeitar as ordens vindas do inconsciente. Se o inconsciente nos diz “não podes mais”, e nós conscientemente dizemos  “ainda posso mais , nós poderemos"  ainda mais certamente, porque o inconsciente avisa-nos com uma margem de segurança,   mas se  continuarmos a insistir,o inconsciente continua-nos a avisar, e,ou paramos enquanto é tempo de recuperar ou atingimos os limites e ficamos inconscientes, ou podemos até morrer.   

O inconsciente humano é formado por duas grandes vertentes sentimentais. Existem os sentimentos físicos que são  memorizados no inconsciente através dos sentidos e que provêm da natureza, do homem como animal, irracionalmente e  inconscientemente — como a dor, a fome, o frio — análogos a todos os outros animais, e existem os sentimentos  humanos, também memorizados no inconsciente, e também através dos sentidos, mas estes passaram primeiro pelo  consciente ou consciência. Os sentimentos humanos não são inatos como os físicos, mas pelo contrário, aprendem-se.

Aprendem-se pela educação (cultura/religião) e valorizam-se ou não na consciência. Conforme se valorizarem na  consciência, é também assim que ficam memorizados no inconsciente. E será conforme esses valores que o nosso  inconsciente nos vai alertar. No entanto o nosso inconsciente regista tudo, e se nós agora pensarmos de uma forma  oposta à que pensávamos no passado, em relação a determinado assunto, se o inconsciente tiver que nos enviar alguma  mensagem relacionada com esse assunto, tanto pode corresponder ao que nós agora pensamos como opor-se. 

Uma  mensagem oposta ao nosso consciente provocará conflito [dissonância cognitiva] — se eu não quero chorar e sei que  não devo chorar perante determinada situação mas não consigo deixar de o fazer, significa que o inconsciente está a  dominar.Nós devemos respeitar o inconsciente, pois ele é poderosíssimo e não o devemos desafiar, pois ele vencerá  sempre. É-nos  muito útil na nossa proteção e equilíbrio pessoal, mas nós apenas devemos dar-lhe valor no que respeita  aos avisos que  ele nos faz. Devemos valorizar mais a consciência."   O nosso consciente, ao contrário do inconsciente, é tudo a que temos acesso pelo cérebro em perfeito estado de raciocínio, vigilantes e alertas.

Quanto mais perfeita, forte e segura, for a nossa consciência,mais estaremos conscientes, e logo, menos possibilidades damos ao inconsciente de intervir.O inconsciente é importante porque nos defende dos perigos e nos guarda toda a informação do nosso passado. Tem uma  capacidade infinita se pensarmos que cada segundo o nosso cérebro recebe dezenas de estímulos ou mensagens,  permanentemente, sendo a maior parte delas armazenadas diretamente na memória inconsciente, sem nos apercebermos delas. "        
                                                                                                             ..            

Mas a nossa vida de humanos, racionais, e conscientes do que somos, tem que ser vivida com consciência, raciocínio, sabedoria, inteligência e saúde. Se nós não temos essa segurança que nos vem da consciência, deixamos caminho aberto para o inconsciente.      

Teorias dizem que o nosso cérebro funciona noventa e cinco por cento inconscientemente e apenas cinco por cento conscientemente. Nós vivemos racionalmente com essa pequena percentagem. Se estivermos inseguros, deprimidos, doentes, ou em qualquer estado de consciência alterada, então o inconsciente apodera-se dela e manifesta-se,das mais diversa formas. E se não recuperarmos a consciência viveremos inconscientes, com uma personalidade alterada e demente.    

O inconsciente é irracional, os animais também o têm. O consciente é racional, só os humanos têm consciência daquilo que são. É na racionalidade e consciência que nos diferenciamos dos animais, mas por muito racionais que sejamos, o nosso inconsciente será sempre maior que o nosso consciente, porque antes de nós pensarmos, já sentimos, e antes de nós sermos humanos, somos animais.






UMA VISÃO BUDISTA  

Mario N. Iampolschi

No Budismo  dizemos que existem 2 pavimentos  em nossa mente :

1º pavimento -  Mente Consciente
2º pavimento -  Consciência armazenadora

Segundo o  Mestre Thich Nhath Han, a Mente Consciente é como nossa sala de visitas onde existe um aparelho de DVD.


No porão, a Consciência armazenadora com uma prateleira  com discos de todos os tipos como: raiva; medo, angustia,   felicidade, compreensão, alegria,  etc.

As vezes discos de medo, raiva, angustia. ,  sobem a sala de visitas sem pedir licença e se instalam do aparelho de DVD e somos obrigados a assistí-los ,  cada vez que os assistimos eles tomam posição mais privilegiada em nossa prateleira.

Esses discos,  também chamados de sementes, estão depositadas em nossa Consciência armazenadora , são resultado dos ensinamentos de nossos pais, cultura ,religião, infância,  etc., e inflênciam o modo como encaramos a vida. 

Mesmo que no passado suas sementes de medo, insegurança, raiva,  tenham sido muito regadas,  podemos compensar  regando  as sementes de felicidade, amor, alegria e plena atenção  ,  enquanto regamos essas, as outras deixarão de crescer . 
                                                                                                                                                               




VAMOS REFLETIR    


No texto o Caminho da Verdade diz que "quanto mais perfeita, forte e segura for nossa consciência menos possibilidade damos do inconsciente intervir, viver em plena atenção como estilo de vida é o caminho budista para estarmos mais conscientes.    


PRAZER DE VIVER NO MOMENTO PRESENTE  
  
Quando tive o primeiro contato com o livro do mestre Thich Nhath Han, eu percebi que a prática que ele ensina é voltada para vivermos o momento presente com alegria e prazer,  na verdade só podemos ter prazer no presente, como você pode ter prazer no futuro, ou passado ?   você pode se sentir bem pensando no passado ou futuro mas não é um prazer real.

Muitas vezes quando estou na mente negativa, eu lembro do ensinamento  da Plena Consciência do Momento Presente e consigo dar a volta por cima, geralmente o pensamento negativo vem do passado ou da projeção para o futuro,  então nós nos refugiamos no momento presente  pela  Plena Atenção .      


PRÁTICA CORRETA   

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