31/12/2013
Editor Mario Nigri Iampolschi
Caros amigos leitores é uma
grande satisfação estarmos juntos de novo nessa edição especial de fim de ano,
vamos ver um tema especial para atingirmos nossas metas de vida.
Todas as práticas descritas no
Momento Zen precisam de uma dose de paciência e uma boa prática, uma prática
feliz e prazerosa, assim nos ensina Thich Nhat Han.
Autor: Mario Nigri Iampolschi
A SEMENTE DA PACIÊNCIA
A semente depende de tempo para
germinar e brotar, a natureza nos ensina isso, tudo na natureza é perfeito, ela
abriga todos os seres como uma mãe divina e cada um de seus filhos cresce e
evolui no seu devido tempo.
A ARMADILHA DO TEMPO
Somos imediatistas, queremos
"tudo para ontem", assim seguimos remando contra a correnteza.
O SUCESSO DEPENDE DE MUITA PACIÊNCIA
Se começamos uma meta de vida e
a cada obstáculo retrocedemos ou desistimos, não teremos sucesso em nossa
jornada.
A PACIÊNCIA E OS ALTOS E BAIXOS DA VIDA
A vida é feita de "altos e
baixos", é assim para todos, devemos estar sempre regando a
semente da paciência como um fazendeiro que sabe que existe o sol e a chuva, a
seca e a estiagem, que podem destruir sua plantação, por isso ele cria meios
para regar e proteger o solo para que possa ter uma boa colheita.
A ESSÊNCIA DA PACIÊNCIA
Cada ação, palavra, pensamento
que temos move uma energia que não é visível.
Por não enxergarmos a energia da paciência achamos que as coisas não deram
certo, porem, se continuarmos no caminho, pela Lei do Karma,
conseguiremos cumprir nossas metas dentro do seu limite natural, isso é, nem
sempre a meta terá um resultado perfeito, pois somos seres ainda em
evolução.
AS PRÁTICAS MEDITATIVAS E A ENERGIA DA PACIÊNCIA
Vamos exemplificar como as práticas descritas no Momento
Zen ganham vida quando a paciência torna-se parte de nossas práticas.
Ao acordar, começo o dia
regando a semente da desaceleração mental (ver 21ª edição), desacelero meu ritmo
do corpo, respiro lentamente, vejo a agenda do dia, e vou cumprindo minha
agenda que já foi inteligentemente planejada para que eu não fique ansioso.
Quando a agenda do dia é
cumprida, vejo o que posso adiantar para agenda do próximo dia e as tarefas
que posso executar para desafogar o dia posterior.
Quando ajo assim, tenho de ter
paciência para esperar a semente brotar, digamos que no dia seguinte eu esteja
doente ou haja falta de luz no meu local de trabalho, eu teria que correr para
cumprir a agenda do dia assim que eu melhora-se ou que a luz voltasse, mas como
adiantei parte dessa agenda do dia, estarei mais tranqüilo, então a semente da
paciência brota e eu reconheço isso, e crio assim uma motivação para continuar
agindo assim até que isso vira um hábito, assim a meta de viver em paz foi
cumprida, mas como a paz não é permanente continuo no caminho regando a
semente da paciência.
A PACIÊNCIA E OS RELACIONAMENTOS HUMANOS
Muitas brigas começam em
pequenas situações por nossa falta de paciência com os outros.
O defeito que vemos no outro nos gera impaciência e isso nos leva a discussão
caso o outro se sinta incomodado com nossa critica.
Pode ser que o defeito do outro que nos incomoda é o que nos falta fortalecer
em nós mesmos, portanto, indiretamente estamos criticando a nós mesmos também, de forma inconsciente, sabendo disso, podemos nos melhorar.
Devemos ser tolerantes, porem ativos, devemos agir, de maneira correta, nos colocando,
com palavras que não tragam sofrimento ao outro.
Não podemos controlar os
outros, mas podemos controlar nossas reações em relação aos outros e as
situações, devemos manter essa prática todos os dias, pois os atritos de relacionamento podem nos tirar do centro e prejudicar nossa saúde física e mental e tirar nossa paz.
Quando alguém nos dirige uma
palavra que nos incomoda, podemos respirar lenta e profundamente o tempo necessário
para voltarmos ao nosso centro, por isso, não devemos esperar para estarmos no centro apenas quando surge uma situação desagradável, mas sim o maior tempo possível, as praticas de autoconsciência do corpo facilitam estarmos em nosso centro.
Quando respondemos a uma
situação ou a alguém, e estamos fora de nosso centro, falamos e reagimos sem consciência
total e assim sofremos a consequência dessa falta de consciência.
Ao agirmos a partir de nosso centro, conseguimos ter uma visão melhor, podemos colocar nosso ponto de
vista e responder com uma atitude não reativa e positiva, gerando assim menos
sofrimento para nós e para o outro.
O sábio não reage, ele age.
A PACIÊNCIA GERA LIBERDADE
Devemos aceitar o outro do jeito que ele é, não podemos mudar o
outro.
Aceitar
o outro como ele é requer muita paciência, Jesus dizia "Não julgueis para
não ser julgado", pela lei do Karma quando julgamos e criticamos os
outros, estaremos atraindo o mesmo para nós, se dermos liberdade ao outro
seremos livres também, pois damos ao outro o direito de ser como é, e a nós
mesmos também.
A aceitação da vida como ela é segue o mesmo caminho, damos liberdade a vida
ser do jeito que é, aceitando os obstáculos, o sofrimento, se sabemos que a
vida é feita de sofrimento e alegria, então não iremos nos abater a cada
obstáculo do caminho.
Estamos
nessa vida para aprender,quando não aceitamos o obstáculo e não agimos para
contorná-lo, a vida colocará o mesmo obstáculo mais adiante, pois como não
aprendemos a contorná-lo, temos que fazer outra prova.
Ser
Livre é aceitar o que não temos controle: o outro, as situações da vida, porem,
agir dentro de nosso centro, nos transformando a cada dia com muita paciência e
sabedoria.
Devemos ter paciência com nós mesmos, na 20ª edição (21/4/13)
podemos compreender por que somos instáveis.
Nossa personalidade corresponde aos quatro corpos: físico, energético, emocional e mental, sendo que o emocional, literalmente nos tira do centro de consciência, e é comum a todos.
Quando forte emoção se
expressa em nós, podemos não conseguir de imediato controlar nossa emoção, mas se
tivermos paciência, essa emoção se dissolve em seu tempo devido,
devemos apenas vivenciar as práticas meditativas e esperarmos o seu resultado, isso vale com a nossa
sabedoria também.
Parece que não somos sábios e que nossa sabedoria não funciona quando estamos como uma forte emoção, o que acontece é que a personalidade contaminada pela emoção nos tira
do centro, portanto é como sofrêssemos uma falta em uma partida de futebol,
caímos, dependendo da falta temos de ser cuidados fora do campo para depois
retornamos ao campo, ou seja, ao nosso centro.
A PACIÊNCIA E NOSSA SABEDORIA DE VIDA
Se aplicarmos a nossa sabedoria
a energia da paciência, caindo e levantando, porém sem desistir de nossa
sabedoria, estaremos gerando uma energia nova em nossa vida que nos trará
felicidade e paz, que não é duradoura, mas, sabemos como alimentá-la dia-a-dia,
então ela não morre, e quando precisarmos ela estará ao nosso lado, pois se
torna nossa amiga e companheira de vida.
NAMASTÊ !
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