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O meu inicio na meditação se deu através de um livro do monge zen budista, Thich Nath Han - Para Viver em Paz-Editora Vozes, Thich Nhat Han já foi indicado ao Premio Nobel da Paz, ele é minha grande fonte de inspiração para as praticas meditativas. Meu foco são as meditações dinâmicas que podem ser aplicadas na vida cotidiana por isso são descritos vários tipos de práticas. As práticas meditativas transformaram minha vida e hoje sou mais centrado e feliz, consegui também frear e diminuir muito meus pensamentos. Praticante há muitos anos de práticas meditativas, através da Sociedade Budista do Brasil tive contato com monges de outros países onde pude desenvolver mais a minhas práticas. Participei em 2004 de um retiro de meditação com monges do Monastério do Thich Nhat Han. Em 2013 me tornei professor de meditação. As praticas meditativas devem ser incluídas paulatinamente em nossa vida diária como estilo de vida, a Plena Atenção ensinada por Buda pode ser vivenciada em qualquer lugar ou situação.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

MOMENTO ZEN

23ª - EDIÇÃO ESPECIAL
31/12/2013
Editor Mario Nigri Iampolschi


Caros amigos leitores é uma grande satisfação estarmos juntos de novo nessa edição especial de fim de ano, vamos ver um tema especial para atingirmos nossas metas de vida. 


Todas as práticas descritas no Momento Zen precisam de uma dose de paciência e uma boa prática, uma prática feliz e prazerosa, assim nos ensina Thich Nhat Han.






Autor: Mario Nigri Iampolschi

A SEMENTE DA PACIÊNCIA

A semente depende de tempo para germinar e brotar, a natureza nos ensina isso, tudo na natureza é perfeito, ela abriga todos os seres como uma mãe divina e cada um de seus filhos cresce e evolui no seu devido tempo.  



A ARMADILHA DO TEMPO 

Somos imediatistas, queremos "tudo para ontem", assim seguimos remando contra a correnteza. 


O SUCESSO DEPENDE DE MUITA PACIÊNCIA

Se começamos uma meta de vida e a cada obstáculo retrocedemos ou desistimos, não teremos sucesso em nossa jornada.



A PACIÊNCIA E OS ALTOS E BAIXOS DA VIDA 

A vida é feita de "altos e baixos",  é assim para todos,  devemos estar sempre regando a semente da paciência como um fazendeiro que sabe que existe o sol e a chuva, a seca e a estiagem, que podem destruir sua plantação, por isso ele cria meios para regar e proteger o solo para que possa ter uma boa colheita.



A ESSÊNCIA DA PACIÊNCIA 

Cada ação, palavra, pensamento que temos move uma energia que não é visível.


Por não enxergarmos a energia da paciência achamos que as coisas não deram certo, porem, se continuarmos no caminho, pela Lei do Karma, conseguiremos cumprir nossas metas dentro do seu limite natural, isso é, nem sempre a meta terá um resultado perfeito, pois somos seres ainda em evolução. 




AS PRÁTICAS MEDITATIVAS E A ENERGIA DA PACIÊNCIA

Vamos exemplificar como as práticas descritas no Momento Zen ganham vida quando a paciência torna-se  parte de nossas práticas.

Ao acordar, começo o dia regando a semente da desaceleração mental (ver 21ª edição), desacelero meu ritmo do corpo, respiro lentamente, vejo a agenda do dia, e vou cumprindo minha agenda que já foi inteligentemente planejada para que eu não fique ansioso.

Quando a agenda do dia é cumprida, vejo o que posso adiantar para agenda do próximo dia e as tarefas que posso executar para desafogar o dia posterior.


Quando ajo assim, tenho de ter paciência para esperar a semente brotar, digamos que no dia seguinte eu esteja doente ou haja falta de luz no meu local de trabalho, eu teria que correr para cumprir a agenda do dia assim que eu melhora-se ou que a luz voltasse, mas como adiantei parte dessa agenda do dia, estarei mais tranqüilo, então a semente da paciência brota e eu reconheço isso, e crio assim uma motivação para continuar agindo assim até que isso vira um hábito, assim a meta de viver em paz foi cumprida, mas como a paz não é permanente continuo no caminho regando a semente da paciência.   





A PACIÊNCIA E OS RELACIONAMENTOS HUMANOS

Muitas brigas começam em pequenas situações por nossa falta de paciência com os outros.  


O defeito que vemos no outro nos gera impaciência e isso nos leva a discussão caso o outro se sinta incomodado com nossa critica.


Pode ser que o defeito do outro que nos incomoda é o que nos falta fortalecer em nós mesmos, portanto, indiretamente estamos criticando a nós mesmos também, de forma inconsciente, sabendo disso, podemos nos melhorar. 


Devemos ser tolerantes, porem ativos, devemos agir, de maneira correta, nos colocando, com palavras que não tragam sofrimento ao outro. 

Não podemos controlar os outros, mas podemos controlar nossas reações em relação aos outros e as situações, devemos manter essa prática todos os dias, pois os atritos de relacionamento podem nos tirar do centro e prejudicar nossa saúde física e mental e tirar nossa paz.  

Quando alguém nos dirige uma palavra que nos incomoda, podemos respirar lenta e profundamente o tempo necessário para voltarmos ao nosso centro, por isso, não devemos esperar para estarmos no centro apenas quando surge uma situação desagradável, mas sim o maior tempo possível, as praticas de autoconsciência do corpo facilitam estarmos em nosso centro. 

Quando respondemos a uma situação ou  a alguém, e estamos fora de nosso centro, falamos e reagimos sem consciência total e assim sofremos a consequência dessa falta de consciência.

Ao agirmos a partir de nosso centro, conseguimos ter uma visão melhor, podemos colocar nosso ponto de vista e responder com uma atitude não reativa e positiva, gerando assim menos sofrimento para nós e para o outro. 

O sábio não reage, ele age.






A PACIÊNCIA GERA LIBERDADE

Devemos aceitar o outro do jeito que ele é, não podemos mudar o outro. 

 Aceitar o outro como ele é requer muita paciência, Jesus dizia "Não julgueis para não ser julgado", pela lei do Karma quando julgamos e criticamos os outros, estaremos atraindo o mesmo para nós, se dermos liberdade ao outro seremos livres também, pois damos ao outro o direito de ser como é, e a nós mesmos também.


A aceitação da vida como ela é segue o mesmo caminho, damos liberdade a vida ser do jeito que é, aceitando os obstáculos, o sofrimento, se sabemos que a vida é feita de sofrimento e alegria, então não iremos nos abater a cada obstáculo do caminho.

Estamos nessa vida para aprender,quando não aceitamos o obstáculo e não agimos para contorná-lo, a vida colocará o mesmo obstáculo mais adiante, pois como não aprendemos a contorná-lo, temos que fazer outra prova.


Ser Livre é aceitar o que não temos controle: o outro, as situações da vida, porem, agir dentro de nosso centro, nos transformando a cada dia com muita paciência e sabedoria. 



A AUTO-PACIÊNCIA

Devemos ter paciência com nós mesmos, na 20ª edição (21/4/13) podemos compreender por que somos instáveis.


Nossa personalidade corresponde aos quatro corpos: físico, energético, emocional e mental, sendo que o emocional, literalmente nos tira do centro de consciência, e é comum a todos.

Quando forte emoção se expressa em nós, podemos não conseguir de imediato controlar nossa emoção, mas se tivermos paciência, essa emoção se dissolve em seu tempo devido, 
devemos apenas vivenciar as práticas meditativas e esperarmos o seu resultado, isso vale com a nossa sabedoria também.


Parece que não somos sábios e que nossa sabedoria não funciona quando estamos como uma forte emoção, o que acontece é que a personalidade contaminada pela emoção  nos tira do centro, portanto é como sofrêssemos uma falta em uma partida de futebol, caímos, dependendo da falta temos de ser cuidados fora do campo para depois retornamos ao campo, ou seja, ao nosso centro.


A PACIÊNCIA E NOSSA SABEDORIA DE VIDA

Se aplicarmos a nossa sabedoria a energia da paciência, caindo e levantando, porém sem desistir de nossa sabedoria, estaremos gerando uma energia nova em nossa vida que nos trará felicidade e paz, que não é duradoura, mas, sabemos como alimentá-la dia-a-dia, então ela não morre, e quando precisarmos ela estará ao nosso lado, pois se torna nossa amiga e companheira de vida. 


NAMASTÊ


Feliz 2014 
                                                       



NAMASTÊ !



                             













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