24ª Edição
10/08/2014
Editor Mario Nigri Iampolschi
momento.zen.mario@hotmail.com
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SEJA CÔNSCIO E MUDE SUA VIDA
O MEU COMEÇO NA PRÁTICA MEDITATIVA
Há muito tempo atrás, em busca de uma solução para um problema psicossomático,
busquei vários autores, mas, apenas um mudou minha vida, o monge vietnamita
Thich Nhat Han. Seu ensinamento era tão
simples, mas tão difícil de seguir, no livro Para Viver em Paz – "o milagre da
mente alerta", ensinava que deveríamos ser
conscientes na vida cotidiana e praticarmos assim a arte de vivermos em paz.
O QUE É SER CÔNSCIO
A palavra Cônscio adotada pelo mestre, em seu livro, significa ser consciente, me tocou fundo essa palavra e essa prática, de modo que a adotei como filosofia de vida.
Esse maravilhoso ensinamento do Buda é chamado de Plena Atenção um dos oito caminhos para o despertar (Nobre Caminho Óctuplo) no qual o mestre Thich Nhath Han trabalhou essa prática de forma primorosa em si mesmo e nos deixou sua prática como exemplo de que podemos também viver em Plena Atenção e desfrutarmos de seus enormes benefícios, essa pratica é largamente explorada no Momento Zen.
Ser Cônscio é simplesmente trazermos a consciência para os
pequenos atos de nossa vida como lavar pratos, varrer a casa, trabalhar,
enquanto escrevo eu tomo consciência dos movimentos de minhas mãos nas teclas
do computador e vejo esses movimentos atentamente com minha consciência da visão.
Ser Cônscio envolve estarmos conscientes dos movimentos de nosso
corpo, respiração e mente.
Ser cônscio é desacelerar a mente e os movimentos corporais, façam isso por um período em que seja possível essa prática, talvez um domingo sem compromissos, desacelerando seus movimentos a mente é tocada com uma paz e tranquilidade proveniente dessa meditação, se forem fazer uma faxina por exemplo, a façam pausadamente, num ritmo lento e atento se quiserem podem colocar uma musica relaxante, assim fazer faxina vira meditação, a Meditação da Mente Alerta como ensina o mestre Thich Nhat Han.
Ser cônscio é uma prática que deve ser "de coração".
Ser Cônscio é curtir todos os momentos da vida, pequenos milagres que se desenrolam no Momento Presente.
Ser cônscio é desligar o piloto automático do corpo e da mente.
No corpo nos movimentando com consciência. Na mente estamos consciente dos nossos cinco sentidos: audição: visão: tato: paladar e olfato além de nossos pensamentos e de nossa fala.
Ser cônscio é vivermos realmente o momento presente utilizando para isso o nosso corpo como uma âncora que prende e unifica nossa mente ao nosso corpo, não deixando que a dispersão mental nos leve para longe do Momento Presente.
O mestre Thich Nhat Han nos ensina que essa consciência não deve ser uma labuta, mas sim um prazer de sermos conscientes, de nos deliciarmos com o Momento Presente.
SEJA CÔNSCIO CAMINHANDO
Ao o sermos cônscios ao caminhar nos protegemos de nossa mente tagarela que nos arrasta para fora
do Momento Presente.
A FELICIDADE
Thich Nhat han nos ensina que felicidade é uma prática, e que só
não somos felizes porque não experimentamos o Momento Presente, estamos a maior
parte do tempo pensando no futuro e no passado, ser Cônscio é experimentarmos a
vida com todos os nossos sentidos no momento presente, isso é uma dádiva.
SEJA CÔNSCIO COM OS SEUS PENSAMENTOS
Devemos ter consciência de nossos pensamentos, ser Cônscio significa que devemos
purificar nossa mente pelas práticas meditativas e pela sabedoria.
MEDITAÇÃO PARA LIMPEZA DOS PENSAMENTOS
A meditação de ser feita de maneira consciente, ou seja, devemos
ser cônscios do que estamos mentalizando, deve ser feita com o coração que é a
essência da prática.
Primeiramente inspiramos lenta e profundamente pelo nariz
e depois expiramos pela boca, sentindo que as impurezas estão saindo junto com
o ar que expiramos, façam pelo tempo que acharem necessário essa limpeza.
- Inspirando, trago amor e consciência ao meu pensamento.
- Expirando purifico minha mente.
O homem que se ocupa do passado...
Uma tradicional narrativa zen conta que um homem certo dia caminhava pela selva quando deu de cara com um tigre feroz.
Correu o máximo que pôde, mas logo chegou à beira de um precipício. Desesperado, escalou uma videira e ficou pendurado sobre o abismo.
Enquanto estava suspenso ali, duas ratazanas apareceram e começaram a roer a árvore, e embaixo do precipício um bando de leões famintos.
De repente, o homem viu um cacho de uvas. Arrancou-as e as levou à boca. Eram as mais deliciosas que ele já provara na vida!
Essa fábula ilustra quanto é difícil nos atermos ao presente.
Quem passa a vida remoendo erros do passado e projetando os medos e desejos em relação ao futuro acaba por descobrir, no leito de morte, que a única coisa que possuía eram os momentos que deixava fugir das mãos sem desfrutar.
Como Oscar Wilde, tenha consciência de que o passado pode nortear decisões extremamente importantes, desde que não se transforme numa sombra que obscureça o presente.