Quem sou eu

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O meu inicio na meditação se deu através de um livro do monge zen budista, Thich Nath Han - Para Viver em Paz-Editora Vozes, Thich Nhat Han já foi indicado ao Premio Nobel da Paz, ele é minha grande fonte de inspiração para as praticas meditativas. Meu foco são as meditações dinâmicas que podem ser aplicadas na vida cotidiana por isso são descritos vários tipos de práticas. As práticas meditativas transformaram minha vida e hoje sou mais centrado e feliz, consegui também frear e diminuir muito meus pensamentos. Praticante há muitos anos de práticas meditativas, através da Sociedade Budista do Brasil tive contato com monges de outros países onde pude desenvolver mais a minhas práticas. Participei em 2004 de um retiro de meditação com monges do Monastério do Thich Nhat Han. Em 2013 me tornei professor de meditação. As praticas meditativas devem ser incluídas paulatinamente em nossa vida diária como estilo de vida, a Plena Atenção ensinada por Buda pode ser vivenciada em qualquer lugar ou situação.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MOMENTO ZEN 13ª EDIÇÃO

Editor  Mario N. Iampolschi
momento.zen.mario@hotmail.com


  

 
  

TRANSFORMAÇÃO 

Mario Iampolschi 


Caro amigo leitor, não existe aqui nenhuma pretensão de mudar ninguém, pois se você não  permitir que esses ensinamentos penetrem no seu ser, nem mesmo o Buda pode transformá-lo, só você pode se transformar.

 
- "O Dicípulo procurou o Monge e pediu que falasse  sobre a doutrina budista

- O Monge lhe ofereceu chá e foi entornando até transbordar 

-  Então o Dicípulo lhe chamou atenção,

- O Monge disse: assim como a xícara de chá, é a sua mente,se não esvaziá-la não terá espaço   para receber o ensinamento.
 "


"Só sei que nada sei"

"Sócrates fala disso na Apologia para mostrar que, por mais que investigasse as doutrinas e conversassem com os sábios, não havia encontrado ninguém que conseguisse participar da sua dialética sem cair em evidente erro de raciocínio.

Por isso ele se mantinha um investigador desintessado e não afirmava possuir um saber, como os outros.

Por reconhecer sua própria ignorância, a pitia do Oráculo de Delfos o reconheceu como o mais sábio dentre os homens"  

Quando você sentir que sua mente está cheia ,você pode  respirar lenta e profundamente, e permitir que sua mente  esvazie. 

Além de ouvirmos com a mente vazia é importante estarmos conscientes .  


Osho diz que vivemos como sonânbulos, quando dormimos sonhamos e quando acordamos continuamos sonhando, quando comemos, andamos, cumprimos alguma tarefa, ficamos pensando no passado ou futuro, essa desatenção pode causar acidentes, perdas, atrasos no trabalho devido a erros por nós cometidos.  

Ele diz:
 

"É como que em nossa casa existise o presente , passado e o futuro, o passado e futuro estão dentro de nossa casa batendo longos papos,  e o presente?  está do lado de fora esperando para entrar " 
O que importa para nossa transformação é o momento presente, voltemos a única realidade que existe e ao único momento que podemos realizar nossas aspirações. 
 O Buda nos ensina que devemos estar bem atentos ao que fazemos nas situações mais simples da vida como comer, andar cumprir tarefas cotidianas, trabalhando,   bem conscientes, essa  é a forma de termos sucesso na vida  profissional e pessoal. 


Transformarmos nossa mente dentro dos obstáculos é primordial e para isso temos que ser observadores de nós mesmos, analisarmos  nossas fraquezas diante desses obstáculos, no Budismo chamamos isso de reconhecer o sentimento no próprio sentimento, ou como o mestre Thich Nhath Han diz:

dar os verdadeiros nomes aos sentimentos, como medo, raiva, irritação, impaciência, falta de confiança, etc,.  Só se soubermos o que está por trás desses obstáculos além do próprio obstáculo, poderemos superá-los.

Na primeira  palestra que fui do novo ano no Templo Budista, o mestre  Kaled nos falou sobre o homem sub-diafragmático, (do diafragma para baixo), que busca o sexo, comida, e os prazeres mundanosesquecendo de buscar o Buda interior ou o Eu Crístico, a parte divina do nosso ser. 
Ele  nos aconselhou a buscarmos mais nosso Eu Superior, que na crença Budista do Renascimento, significa o único bem que levamos para outra vida. 

Um sábio amigo me disse que como o alimento da matéria pode ser inferior ao do espírito,  dentro de sua formação acadêmica ele citou um exemplo

quando vamos a uma festa ou para algum outro lugar a fim de nos divertirmos , ficamos bem enquanto desfrutamos desse lugar, mas quando chegamos em casa pode ser que nos sintamos  solitários ou com um vazio que estava preenchido na  diversão, mas quando vamos a uma casa religiosa ou espiritualista por nossa  própria vontade e gostamos em estar nesse lugar,   ao chegarmos em casa, nos sentimos bem com esse alimento espiritual.
 
Os dois alimentos são necessários para nos sentirmos bem, e o equilíbrio entre eles é o ideal para nos sentirmos felizes. 
 





 

  
HORA DA PRÁTICA


Proponho que ao lermos as próximas edições , esvaziemos nossa mente, fiquemos conscientes e também  que dentro de cada obstáculo possamos vivenciar o que aprendemos, pois a cada superação mais avançamos em busca de nossa transformação.  


                                                                                               
                                                                             NAMASTÊ!